segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

AS FUNDAMENTAIS VITÓRIAS CULTURAIS DO ESQUERDISMO



AS DEZ FUNDAMENTAIS VITÓRIAS CULTURAIS DO ESQUERDISMO


NOTA INTRODUTÓRIA:


Por vitória cultural, entenda-se a validação midiática de uma afirmação que não corresponde à realidade. Uma mentira, portanto, tornada verdade pela repetição insistente de ativistas midiáticos e “formadores de opinião”. Nem todos os que reproduzem essas “verdades” sabem de sua gênese fraudulenta. A rigor, sua maioria acredita piamente nesse discurso: são os fundamentais inocentes úteis, soldados e praças. Contudo, há os astuciosos, que compõem a parte formuladora da estratégia. São os generais da guerra cultural!
Os temas serão postados aos poucos, na medida de sua elaboração. Neste momento apresento as quatro primeiras "vitórias culturais do esquerdismo". As demais virão nos posts seguintes.




PRIMEIRA: O NAZISMO FOI UMA DITADURA DE DIREITA (CAPITALISTA).
A VERSÃO DIFUNDIDA: O mundo é palco de ditaduras, presentes e passadas, sendo o nazismo, a pior de todas, uma ditadura de direita, portanto, engendrada ou apoiada pelos capitalistas liberais.

A VERDADE: O nazismo nem foi a pior de todas as ditaduras e nem de longe se aproxima do liberalismo capitalista. Vejamos: o nazismo vitimou cerca de dez a doze milhões de perseguidos, em sua maioria judeus, ciganos e pentecostes. Somente no período em que a China comunista foi dominada por Mao Tze Dong, entre mortos de fome (para gerar excedente exportável de cereais) e execuções, a conta passa dos oitenta milhões de almas.
Por outro lado, nazismo é uma sigla que significa Nacional Socialismo. Esta observação já deixa claro o norte teórico que subjaz a essa triste experiência da humanidade.
O nazismo está centrado no controle pelo estado tanto da atividade econômica quanto da liberdade individual. Com efeito, o nazismo não abole a atividade empresarial, mas a submete ao controle estatal, através de toda a sorte de regulamentos, licenças e controles, o que torna o empreendimento empresarial uma atividade cartorial que nada tem em comum com o liberalismo econômico. Por outro lado, o indivíduo, como instância dinâmica da sociedade é colocado sob severa repressão. A conduta pessoal, nesse contexto, passa a ser decidida não pela individualidade, mas pelos controladores estatais.
É por demais nítida a semelhança com os princípios socialistas/comunistas: estado forte, indivíduo fraco e, sobretudo, o completo desprezo pela democracia. Nada mais distante do liberalismo capitalista!

SEGUNDA: A BANDIDAGEM É FRUTO DE UM SISTEMA ECONÔMICO INJUSTO.
A VERSÃO DIFUNDIDA: O comportamento delinqüente tem origem nas carências sócio-econômicas dos criminosos. Trata-se de um último recurso, extremo, contra um sistema concentrador da riqueza em mãos de poucos. A violência da concentração de renda produz a violência dos assaltos, seqüestros, assassinatos, tráfico de drogas etc.

A VERDADE: o comportamento delinqüente não está correlacionado com deficiências econômicas, mas a transtornos de caráter e deficiência nos controles sociais. Dados estatísticos, objetivos, portanto, além de estudos criminológicos demonstram que o comportamento criminoso é proporcionalmente igual em todas as classes sócio-econômicas. Simplesmente há mais delinqüentes oriundos das classes mais pobres porque esse seguimento é imensamente mais numeroso que os demais. Há uma ressalva a fazer, contudo. No Brasil, o comportamento delinqüente nos bolsões de pobreza (favelas, periferias etc), tem sido legitimado e, até, incentivado por intelectuais e ativistas esquerdistas. Essa justificativa, quando interiorizada, funciona como um “habeas corpus subjetivo” (aquele fluxo de pensamento, uma consciência má, que vai produzindo um estado de vitimismo interior justificador da transgressão) que poderá findar em aumento da criminalidade. A estratégia esquerdista parece ser essa mesma: quanto mais crimes e descontrole social, maior o argumento de que o sistema não presta, está falido etc. É como um médico maluco que inocula veneno no paciente e depois afirma que o paciente está doente, precisando de seus cuidados etc


TERCEIRA: O POBRE É BOM, POR SER POBRE. O RICO É MAU, POR SER RICO.

A VERSÃO DIFUNDIDA: No Brasil, a idéia de que o pobre seja essencialmente bom só por ser pobre e o rico seja essencialmente mau só por ser rico, está maciçamente entronizada em toda a nossa dramaturgia, literatura, televisão, entre outros. A partir dessa maciça carga de doutrinação, as pessoas começam a repetir a mensagem em sua forma de se comportar e fazer suas escolhas.

A VERDADE: à idéia geral de que o pobre seja essencialmente bom só por ser pobre e o rico seja essencialmente mau só por ser rico não resiste à mais simples análise. É incabível considerar que o caráter da pessoal muda conforme mudam suas posses. O caráter é uma construção que se consolida muito cedo na vida da pessoa, através de suas identificações primárias. A condição financeira sofre oscilações ao longo da vida: quem era rico, pode ter ficado pobre; quem era pobre, pode ter ficado rico. Como poderia o acidental mudar o essencial? Ademais, por verificação própria, quem nunca conheceu um pobre mau-caráter ou um rico reto? A difusão dessa idéia por meios subliminares visa criar uma falsa dicotomia: os pobres contra os ricos! Essa é, aliás, a antinomia revolucionária mais básica e estabelecida nos primórdios da teorização marxista: proletários X capitalistas.


QUARTA: O TERRORISMO SÓ PODE SER VENCIDO PELA TOLERÂNCIA (COM OS TERRORISTAS)
A VERSÃO DIFUNDIDA: O terrorismo é a única resposta possível quando o sistema legal de um país não aceita as reinvindicações de uma minoria ou de uma outra nação. Quanto mais repressão houver, maior será o ressentimento e o incremento dos atos terroristas. Assim, as nações devem lidar com o terrorismo pela via do diálogo e da negociação, nunca com a repressão, como a atual guerra anti-terror!

A VERDADE: O terrorismo consiste no uso da violência contra populações civis sem lhes possibilitar meios ou tempo para a defesa ou proteção. O ato visa mesmo aterrorizar os inocentes para que o sistema legal ceda em suas exigências. É um ato covarde pois não luta contra forças armadas, mas espalha morte e destruição entre pessoas desarmadas, desavisadas e indefesas.
Ceder ao terrorismo, dialogar com terroristas consiste no retorno à barbárie. O terrorismo visa solapar o trato civilizatório dos conflitos. Ao invés de ter a Lei por norma, a chantagem passa a ser a moeda de troca. No limite, ceder à chantagem do terrorismo levaria à uma nova era: a era das hordas primitivas com seus sistemas próprios de justiçamentos. O terrorismo só será vencido quando o mundo civilizado se convencer de que a mínima tolerância é um ato de auto-mutilação.
Mas por que a esquerda investe no diálogo com o terror? Não é somente por serem aliados estratégicos históricos. A ênfase da esquerda na defesa do terror é manter acuada a chamada civilização liberal. Ocupada em se justificar, a civilização capitalista liberal permite ser atacada por diversos flancos. Afinal, é muito mais difícil atacar uma civilização que tem consciência de ser o que de melhor a humanidade produziu do que por abaixo uma civilização que vive em conflito e sentimento de culpa por seu sucesso!
Edson Moreira