segunda-feira, 4 de novembro de 2013

AFINAL, UM OUTRO MUNDO É MESMO POSSÍVEL?

AFINAL, UM OUTRO MUNDO É MESMO POSSÍVEL?
OU SERIA PURA EMBROMAÇÃO?







                        Vemos disseminada, por toda a parte, a expressão “um outro mundo possível”. Embora tenha se tornado um slogan de modas políticas mudancistas, o fato é que as pessoas, de modo geral, parecem mesmo acreditar em “um outro mundo possível”. É necessário lembrar que é esse o princípio de todo movimento revolucionário, embora nem sempre explícito.
                        Busco neste breve post rastrear a origem do movimento revolucionário, suas idéias fundamentais e a real possibilidade de uma transformação que crie “um outro mundo possível”.
                        O traço essencial de todo movimento revolucionário é a mudança não somente da estrutura social e política do mundo e de suas instituições, mas a criação de um novo homem, mais humano, mais moral, mais perfeito!
                        De antemão, é preciso dizer que criar um novo homem é competir com a Criação tal qual consta das Escrituras. Nelas, o homem é criação de Deus, feito à sua imagem e semelhança e que, em razão da queda no pecado, foi expulso do paraíso e lançado na condição da aflição, do erro, do sofrimento  e do pecado.
                        A ideia revolucionária da criação de um outro mundo (e um novo homem) é relativamente recente na história humana. Parece terem sido as revoltas hussitas-taboritas do final do sec XIV e início do sec XV, na Tchcoeslováquia. Embora a justificação de estar a Igreja mergulhada em corrupção fosse plausível, o fato é que o credo milenarista dos hussitas taboritas estabeleceu como meta a execução de todo pecador sobre a face da terra. Esperavam os adeptos, dessa heresia,  limpar o mundo para a segunda vinda de Cristo. Mas retirar o pecado do mundo não é atribuição do "Cordeiro de Deus"? 
                     Dessa ideia inicial de “limpar o mundo do pecado, matando os pecadores” derivou a promessa revolucionária de uma “transformação do homeml” por meios violentos, que garantisse a felicidade das pessoas. Esse “outro mundo possível” é o que viria após as transformações sociais revolucionárias.
                        Aqui cabe a pergunta: pode alguma transformação social livrar o ser humano da dor, do sofrimento e da morte? A resposta, óbvia, é não! Tento novamente: a felicidade das pessoas têm aumentado no curso da história humana? O homem hoje é mais feliz que o homem de cincoenta ou cem anos atrás? É claro que vivemos mais e em melhores condições hoje do que o homem médio de um século atrás, mas sofremos menos? Estamos mais livres da angústia e do desespero? Por acaso ficamos livres de perder os entes queridos para a morte? Ou livres da própria morte? A resposta é não, não e não.
                        Mas poderia uma revolução, criando um novo mundo, nos livrar da tragédia existencial? Um novo homem criado não seria o mesmo egoísta? Não teria desejos? Ninguém magoaria ninguém? E ninguém lutaria pelo poder? A resposta, mais uma vez é não e não. Esse homem perfeito jamais existiria, porque o homem já foi criado com essa estrutura de imperfeição. Acreditar que o homem, com suas revoluções, poderia criar um novo homem é, antes de tudo, uma concepção ateísta, pois criado por Deus o homem já foi. O homem, pois, é criatura de Deus e não o criador do próprio homem.
                        Então estamos fadados à mesmice, séculos afora? Como estrutura humana, sim. Jamais alcançaremos um mundo de felicidade plena. Contudo, a felicidade pessoal é um desafio que se refaz a cada bebê que nasce. O caminho para a felicidade é INDIVIDUAL. Jamais virá do MUNDO ou  de “UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL”.
                       

            

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