quarta-feira, 6 de novembro de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO EXIGE, EM NOME DOS DIREITOS HUMANOS, QUE O EX “DE MENOR” CHAMPINHA SEJA POSTO EM LIBERDADE, PORQUE ELE JÁ PAGOU PELO CRIME COMETIDO E DEVE VOLTAR À CONVIVÊNCIA SADIA COM A SOCIEDADE.


MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO EXIGE, EM NOME DOS DIREITOS HUMANOS, QUE O EX “DE MENOR” CHAMPINHA SEJA POSTO EM LIBERDADE, PORQUE ELE JÁ PAGOU PELO CRIME COMETIDO E DEVE VOLTAR À  CONVIVÊNCIA SADIA COM A SOCIEDADE.







Roberto Aparecido Alves Cardoso, mais conhecido por CHAMPINHA, é aquela besta-fera que em 2003 matou com um tiro na nuca, Felipe Dias Caffé, 19 anos,  e manteve em cárcere privado, sob tortura, além de estupros seguidos, por 5 dias, antes de  matá-la com 15 facadas, a jovem LIANA FRIEDENBACH, 16 anos. Pois bem,  perícias PSICOLÓGICO-PSIQUIÁTRICAS com cluíram que o RECLUSO, hoje com 26 anos, não pode voltar ao convívio social, pois o risco de voltar a matar é enorme.  Perguntado por que havia feito um gesto de tão indizível maldade, o assassino respondeu enfático:  “matei porque deu vontade”.

Pois bem o PROCURADOR do Ministério Público para Cidadania e Direitos Humanos (eu não sabia para servia essa estrovenga, agora sei), Pedro Antônio de Oliveira Machado, se compadeceu da dor e sofrimento do jovem  e  oprimido CHAMPINHA e entrou com uma ação para que esse cidadão de primeira classe seja imediatamente posto em liberdade. Diz esse herói da justiça:

“Os jovens deveriam ser tratados em instituições de saúde adequadas, segundo os preceitos que norteiam o tratamento de suas moléstias e não em uma instituição que se encontra num ‘limbo jurídico’”, alega a ação subscrita pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, pelo Conectas Direitos Humanos, pela Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, pelo Instituto de Defesa dos Direitos de Defesa e pelo Conselho Regional de Psicologia da 6ª Região.

Só posso somar com o colunista AUGUSTO NUNES  de VEJA que se dispôs a pagar o salário para que o CHAMPINHA seja motorista do PROCURADOR. Se for aceito também como motorista da família do PROCURARDOR (esposa e filhos) o salário deve ser dobrado. Acredito, que dessa forma, o promotor estará, de fato, contribuindo para a socialização e humanização do CHAMPINHA.

 

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

AFINAL, UM OUTRO MUNDO É MESMO POSSÍVEL?

AFINAL, UM OUTRO MUNDO É MESMO POSSÍVEL?
OU SERIA PURA EMBROMAÇÃO?







                        Vemos disseminada, por toda a parte, a expressão “um outro mundo possível”. Embora tenha se tornado um slogan de modas políticas mudancistas, o fato é que as pessoas, de modo geral, parecem mesmo acreditar em “um outro mundo possível”. É necessário lembrar que é esse o princípio de todo movimento revolucionário, embora nem sempre explícito.
                        Busco neste breve post rastrear a origem do movimento revolucionário, suas idéias fundamentais e a real possibilidade de uma transformação que crie “um outro mundo possível”.
                        O traço essencial de todo movimento revolucionário é a mudança não somente da estrutura social e política do mundo e de suas instituições, mas a criação de um novo homem, mais humano, mais moral, mais perfeito!
                        De antemão, é preciso dizer que criar um novo homem é competir com a Criação tal qual consta das Escrituras. Nelas, o homem é criação de Deus, feito à sua imagem e semelhança e que, em razão da queda no pecado, foi expulso do paraíso e lançado na condição da aflição, do erro, do sofrimento  e do pecado.
                        A ideia revolucionária da criação de um outro mundo (e um novo homem) é relativamente recente na história humana. Parece terem sido as revoltas hussitas-taboritas do final do sec XIV e início do sec XV, na Tchcoeslováquia. Embora a justificação de estar a Igreja mergulhada em corrupção fosse plausível, o fato é que o credo milenarista dos hussitas taboritas estabeleceu como meta a execução de todo pecador sobre a face da terra. Esperavam os adeptos, dessa heresia,  limpar o mundo para a segunda vinda de Cristo. Mas retirar o pecado do mundo não é atribuição do "Cordeiro de Deus"? 
                     Dessa ideia inicial de “limpar o mundo do pecado, matando os pecadores” derivou a promessa revolucionária de uma “transformação do homeml” por meios violentos, que garantisse a felicidade das pessoas. Esse “outro mundo possível” é o que viria após as transformações sociais revolucionárias.
                        Aqui cabe a pergunta: pode alguma transformação social livrar o ser humano da dor, do sofrimento e da morte? A resposta, óbvia, é não! Tento novamente: a felicidade das pessoas têm aumentado no curso da história humana? O homem hoje é mais feliz que o homem de cincoenta ou cem anos atrás? É claro que vivemos mais e em melhores condições hoje do que o homem médio de um século atrás, mas sofremos menos? Estamos mais livres da angústia e do desespero? Por acaso ficamos livres de perder os entes queridos para a morte? Ou livres da própria morte? A resposta é não, não e não.
                        Mas poderia uma revolução, criando um novo mundo, nos livrar da tragédia existencial? Um novo homem criado não seria o mesmo egoísta? Não teria desejos? Ninguém magoaria ninguém? E ninguém lutaria pelo poder? A resposta, mais uma vez é não e não. Esse homem perfeito jamais existiria, porque o homem já foi criado com essa estrutura de imperfeição. Acreditar que o homem, com suas revoluções, poderia criar um novo homem é, antes de tudo, uma concepção ateísta, pois criado por Deus o homem já foi. O homem, pois, é criatura de Deus e não o criador do próprio homem.
                        Então estamos fadados à mesmice, séculos afora? Como estrutura humana, sim. Jamais alcançaremos um mundo de felicidade plena. Contudo, a felicidade pessoal é um desafio que se refaz a cada bebê que nasce. O caminho para a felicidade é INDIVIDUAL. Jamais virá do MUNDO ou  de “UM OUTRO MUNDO POSSÍVEL”.
                       

            

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

HIPOCRISIA, IGNORÂNCIA E MÁ-FÉ CONTRA AS PESQUISAS MÉDICAS COM ANIMAIS





                Vivemos uma época em que as pessoas querem parecer boas. É uma epidemia (ou seria uma legião)! O sujeito acorda um belo dia e se descobre bom e que precisa operacionalizar toda essa sua bondade: escolhe uma causa. Escolhe uma causa muito humana e que aperte os corações sensíveis. Escolhe uma causa e dá uma banana para o direito dos outros. Que importa o direito dos outros se minha causa é bacana, humana e sensível.
                Vejamos o caso desse grupo que invadiu e depredou o Instituto Royal, de pesquisas médicas. O que querem aquelas cem pessoas? A libertação dos cachorrinhos de seu cativeiro e a proibição de pesquisas médicas com animais. E o que pensam ou desejam os demais duzentos milhões de brasileiros sobre a consequência desse humanitário gesto? Isso não importa, não é? Mesmo porque a maioria nunca tem voz.
                Então, vou aqui tentar lembrar um pouco as razões das pesquisas com animais e as consequências de sua eliminação.
                As pesquisas estão na base do desenvolvimento de toda sorte de medicamentos, remédios e vacinas. As pessoas, em geral, ignoram os detalhes do desenvolvimento dos princípios ativos medicamentosos. Primeiramente é formulada uma hipótese, que deve ser confirmada, rejeitada ou confirmada parcialmente. Desses resultados iniciais decorrem novas hipóteses que serão propostas e novamente testadas, enfim, o processo vai refinando os resultados até se chegar à formula definitiva. Pois bem, todos esses movimentos preliminares de teste e reteste  são feitos com o uso de animais.  Muitos morrem, muitos são mutilados, muitos adoecem de forma definitiva e precisam ser sacrificados. Mas a verdade é que se esses animais não passassem por esses sacrifícios, milhares de seres humanos deveriam tomar seu lugar na pesquisa, ou seja, a pesquisa com animais poupa vidas humanas. A alternativa seria a paralisia de todas as pesquisas médicas que envolvem animais. O prejuízo para o desenvolvimento de novos medicamentos, nesse caso, seria completo.
                Acho bom pessoas gostarem de cães. Eu mesmo tenho um Shar-pei que demonstra para mim uma afetividade genuinamente humana. Mas não posso, de forma alguma, equiparar um cãozinho a uma pessoa humana. O nome disso é delírio! Usamos o cuidado e o carinho com os bichos (especialmente os cães, para mim) para mais nos humanizarmos, mas se a vida humana perde a dignidade e é colocada abaixo dos cães, há aí um grave problema de distorção da realidade.
                COERÊNCIA E HIPOCRISIA. As pessoas são livres para fazerem suas escolhas, mas não podem ter a  liberdade de impor suas escolhas aos outros, afinal, esses “outros” também devem ser livres, oras. Se essas pessoas são mesmo contra o uso de animais em pesquisas médicas, deveriam se abster de usar antibióticos, anestésicos, vacinas para seus filhos e toda a sorte de medicamentos que usaram animais em sua pesquisa. Assim fazendo, seriam mais coerentes e eu acreditaria mais nelas. Mas se estas pessoas, que querem a abolição do uso de animais em pesquisas médicas, tomam paracetamol quando a cabeça dói, tomam diazepan para controlar a ansiedade, vacinam regularmente seus filhos, fazem fertilização in vitro e muitos outros usos de medicamentos, então, não são ingênuas: são HIPÓCRITAS!




sábado, 5 de outubro de 2013

TÁ FÁCIL DEMAIS!

TÁ FÁCIL DEMAIS!



A imagem acima é de um paraplégico, ou, como se diz, quando em seu instrumento de locomoção, um  “cadeirante”. Cadeirantes sempre despertam certa simpatia e solidariedade das pessoas em geral. São pessoas que buscam superar limitações que a vida impôs e, só por isso, já carregam uma aura de modelo de heroísmo.
Mas o cadeirante da imagem não se encontra aí por motivo de louvor ou solidariedade. Trata-se de um assaltante. Como? Um cadeirante assaltante? Sim senhores. A insólita situação, até há pouco impensável, vem se avolumando nos últimos anos com um grande incremento nos últimos meses. Em São Paulo, só este ano, já se contaram mais de vinte ocorrências. Em Goiânia, também já não é fato inédito os crimes cometidos por cadeirantes: assalto, roubo, furto, formação de quadrilha etc.
A pergunta que não quer calar: Por que? Por que (e como) uma pessoa com capacidade física tão reduzida se presta a uma atividade em que a capacidade física é instrumento fundamental para o, digamos, sucesso?
A resposta, antes de qualquer teoria que algum sociólogo de plantão ponha em circulação é uma só: tá fácil demais!
A legislação branda, a autoridade judiciária permissiva, a incapacidade do aparato repressivo, tudo isso somados, cria uma irresistível expectativa de impunidade. A impunidade é a vitamina do comportamento transgressivo!
Normalmente, a imensa maioria das pessoas é conduzida por valores morais que as contêm a partir de dentro mesmo. Buscam fazer o certo independentemente do cerceamento policial/judiciário. Contudo, uma minoria não tem os valores morais solidamente estabelecidos. São pessoas que são controladas pelo temor de, ao transgredir, serem pegas. Essas pessoas necessitam da expectativa da punição para se controlarem.
É aí nesse nicho minoritário que a criminalidade cresce. E cresce assustadoramente porque, cada vez mais, a expectativa da punição está sendo substituída pela expectativa da impunidade.
A esse lastimável estado de impunidade, soma-se o agravante da disseminação da regra da não reação. Sempre há nos meios de comunicação um especialista a afirmar que o cidadão não deve de forma nenhuma reagir ao agressor, ou seja, deve facilitar ao máximo a conclusão do crime ( a propósito, sempre que vejo a mídia convocar um “especialista” para palpitar, saco logo um rolo de papel higiênico). Penso que a regra deve ser, justamente, o contrário: a reação deve ser o comportamento legítimo e constante, ficando a não reação para situações de excepcional risco. Por outro lado, não reagindo, o cidadão vai ficando cada vez mais frágil e o bandido, cada vez mais à vontade. Ora, ora, então vamos, bovinamente, vencer a alcatéia? Chegamos ao atual estágio porque a bandidagem não encontra resistência no ato e não recebe punição na consequência. E a coisa pode piorar ainda muito, pois, no Brasil, o crime compensa. Tá fácil demais!



terça-feira, 1 de outubro de 2013

LOBÃO: UMA EXPRESSÃO INTELIGENTE!






UMA EXPRESSÃO INTELIGENTE.
             Sempre tive uma certa admiração pelo LOBÃO, apesar de seguirmos em trilhas diferentes. Sabe como é, o LOBÃO é roqueiro e eu, roceiro. Agora, esse mestre contestador do estabilishment  POP-ROCK apresenta, para meu deleite (e acredito que muitos outros) sua nova composição intitulada "EU NÃO VOU DEIXAR”. Trata-se de um rocão de entonações meio panks, cuja letra confronta a covardia da chamada Mídia Ninja (que se apossa do trabalho de artistas iniciantes) e seu braço político, os BLACK BLOCS, cuja atuação mais visível socialmente é, usando máscaras, saírem, em meio a manifestações, a por terror na sociedade, com depredações, vandalismos, badernas e agressões, como se fossem os donos da URBI e, os demais, mera massa de manobra.
             A letra é toda saborosa, mas as partes verdadeiramente deliciosas dizem:

“Mané querendo mudar o mundo
Engenheiro social”, ou
“Rebelde chapa-branca quer que eu cale”

              Realmente, a profusão de rebeldes “chapa-branca”  (aqueles que recebem dinheiro do governo para defendê-lo) é uma epidemia. Não há nenhuma rebeldia em ganhar dinheiro do governo para bater nos opositores. O nome disso é mercenarismo envergonhado!
Abaixo, a letra da canção e para ouvir clique no link: http://www.youtube.com/watch?v=uRWp63iFsNg

Por todos esses anos
Por tudo que eu passei
Por tudo o que eu faço
E ainda o que eu farei,
Não vem com esse papo de hiponga
Que eu não vou deixar

A palavra é minha arma
Minha bala é minha canção
Nem vem mexer com aquilo
Que você não tem noção
Não adianta insistir, meu irmão,
Que eu não vou deixar

Cadê a sua lábia?
Seu tempo se esgotou
Quem foge da conversa
Já perdeu de W.O.
Te aviso companheiro, não se esconda
Que eu não vou deixar

E agora? Aonde está
A banca que você botava?
E agora? De quem é mesmo
O pesadelo que você armava?
E agora? Eu estou aqui e é você
Que foi embora…
E agora ,você deu o fora,
Mas que papelão!

Mané querendo mudar o mundo
Engenheiro social
Tungando a grana de artista
Inventando edital
Direito autoral ele também não quer,
Mas eu não vou deixar
Patrulha e desespero,
Evangelho coletivo
Doutrina de carola estatizado e vendido
Rebelde chapa-branca quer que eu cale
Mas eu não vou deixar

De bem intencionados
Eu não aguento mais
Tem otário se achando valente
Mas quando me vê, mija pra trás

Acabou sua pilantragem, sabe por quê?
Porque eu não vou deixar


terça-feira, 24 de setembro de 2013

ESTATISMO: LEVIATÃ, O MONSTRO DO CAOS, E A GREVE DOS BANCOS



O filósofo Thomas Hobbes (sec XVII) publicou um libelo contra o estado de natural barbárie entre os homens (“todos contra todos”), que deveria ser domado por um acordo, um “contrato social”, no qual cada um cederia uma parcela de seu poder pessoal para a instauração de poder maior e capaz de impor o respeito às regras contratadas. Esse agente supremo seria o estado, a personificação do próprio Leviatã. Parece ter escapado a Hobbes que um estado poderoso iria, necessariamente, criar uma casta de funcionários que teria de ter o poder de fazer valerem as imposições vindas do estado, criando um desequilíbrio na distribuição do poder ainda maior que o encontrado no estado de natureza. Os perigos de um estado forte e guloso só foram desvelados ao longo dos séculos posteriores.
A experiência concreta que tive hoje me trouxe de volta essa leitura que fiz do Leviatã, há mais de vinte anos.
Sucedeu o seguinte. Comprei, de um particular, um carro para meu filho e hoje fomos ao cartório para o reconhecimento das firmas e, em seguida, aos bancos para efetuar o pagamento e receber os documentos e as chaves do carro, dando por finalizada a transação.
                Uma parte do dinheiro estava no  Itaú  e, a outra, na CAIXA. Fomos, primeiro, ao ITAÚ, ag da praça da Nova Suíça (Goiânia-go). Estava fechada em razão da greve. Falei com um e outro,  e logo me apareceu um gerente, atencioso, que me informou não ser possível o saque do numerário, mas colocou à minha disposição a transferência ON-LINE, via TED (transferência eletrônica de créditos). Aceitei e, prontamente, foi feita a transferência do valor para a conta do vendedor do automóvel.
                Em seguida, fomos à CAIXA, ag. Marista (Goiânia – Go), que também se encontrava fechada em razão da greve. Aqui começaram os meus problemas. Havia apenas os vigilantes e um estagiário naquele ambiente anterior à porta-giratória. O estagiário recusou de forma até grosseira a minha entrada para falar com algum dos gerentes e explicar minha situação. Também não aceitou, ele próprio, chamar o gerente para falar comigo. Depois de muito insistir, me passou o telefone do gerente.
                Liguei para o tal gerente, expus a grave situação em que me encontrava (afinal, já havia pago a metade do valor do carro, com a transferência feita através do ITAÚ  e precisava completar o pagamento para pegar as chaves e a documentação do veículo). Qual nada! O dito gerente, sempre com a voz de quem está dando ordens a um subalterno, declarou enfático: “não vou fazer nenhuma transferência, a greve está muito fechada aqui na ag Marista”. Voltei a explicar-lhe o quão delicada era a situação, com possibilidade, inclusive do prejuízo dos valores já pagos, mas o “gerente” manteve-se irredutível e sempre com aquele jeito repugnante de quem faz ares de estar recusando um pedido de favor.
                Moral da história: tivemos de fazer, eu e o vendedor, um acordo. Levamos o carro para a garagem de sua casa e as chaves e os documentos ficaram comigo. Essa patética situação irá perdurar até que a greve da CAIXA seja suspensa. É mole! Eu fio com as chaves e o documento do veículo e o carro fica trancado na garagem do vendedor.
                A diferença de tratamento entre os dois bancos, ambos em greve, é reveladora dos dois modos de perceber a relação estado/sociedade. Pelo primeiro, a sociedade é vista como cliente, que tem poder decisório e, por isso, deve ser atendida e satisfeita. O segundo modo revela uma relação de subordinação da sociedade ao estado. Ou seja, o estado manda e a sociedade obedece.
                É claro que isso é uma horrível, autoritária e distorcida  visão, pois “o estado nada dá que antes não tenha tirado da sociedade”. Talvez seja por isso que meu espírito libertário nunca tenha se adaptado a trabalhar  em um banco estatal, apesar dos dezoito anos que ali permaneci.
                O estatismo é uma doença da alma, pois acredita que a sociedade deve servir ao governo e não o contrário.

                É esse o vírus que infecta o serviço público no Brasil, desde as capitanias hereditária. O desinfetante é a consciência e a crítica permanentes. A luta contra o estado-tirânico é a verdadeira lula pela liberdade e democracia! Quanto maior o estado, maior o despotismo

terça-feira, 6 de agosto de 2013

AFINAL, O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA É A FALTA DE VERBAS OU MÁ GESTÃO?




AFINAL, O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA É A FALTA DE VERBAS OU MÁ GESTÃO?
                Sempre se vê, por toda a parte, a defesa de mais verbas para a educação. Parece, mesmo, que com mais verbas, poderíamos equipar melhor as escolas e pagar melhor os professores, melhorando, ao cabo, os resultados da educação brasileira. Há, no Congresso Nacional, uma lei que determina a destinação de 10% do PIB para a educação, uma outra, determina que o dinheiro do pré-sal seja inteiramente destinado à educação.
                Contudo, uma pergunta deve ser feita: SE O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NÃO FOR FALTA DE VERBAS, O AUMENTO DA VERBA NÃO IRÁ PIORAR O SISTEMA TODO? Não é verdade que mais dinheiro para um sistema corrupto aumenta a corrupção? Da mesma forma, não seria também verdade que mais dinheiro para um sistema ineficiente aumenta sua ineficiência?
                Por tudo isso, antes de se falar em AUMENTO DA VERBA PARA A EDUCAÇÃO, devemos nos ocupar das CAUSAS DA INEFICIÊNCIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.
                Em um primeiro ataque à questão, é importante fazer um comparativo entre o gasto do Brasil com educação e o gasto de  nações que experimentaram rápido desenvolvimento educacional em tempos recentes. Veja o gráfico abaixo:

Investimento em educação – percentual do PIB – média de 1970 -2012


Fonte: UNESCO

COMENTANDO OS DADOS DO GRÁFICO:
1 – O Brasil já gasta NO PRESENTE mais em educação que a maioria dos países desenvolvidos. Efetivamente, só fica um pouco atrás da Inglaterra (também dos EUA e EU);
2- Duplicar o gasto em educação (meta visada pela legislação emergente), passando dos atuais 5% do PIB para os 10 % do PIB tornará o BRASIL o primeiro do mundo em gastos com educação;
3- Mas se o Brasil já gasta hoje mais que os países desenvolvidos, então não parece ser mesmo a verba o problema da educação brasileira;
4- Compare, por exemplo,  o gasto da Coréia do Sul (3,8% do PIB). É muito inferior ao brasileiro (5% do PIB) e a qualidade de sua educação é infinitamente superior;

CONCLUINDO:
Os dados acima apresentados são da UNESCO e parecem não deixar dúvida: a baixa qualidade da educação brasileira não é uma questão de falta de VERBA, pois países com investimentos educacionais nitidamente inferiores têm uma qualidade educacional muito superior à brasileira.
Não sendo, pois, o problema da educação brasileira uma questão de insuficiência de verba, duas questões se apresentam: primeiro,  aumentar a verba, vai aumentar a ineficiência, pois os indivíduos que se beneficiam do atual quadro, terão aumentado seu poder para impor a manutenção do atual sistema. Segundo, a pergunta que não cala: não sendo a carência de recursos, qual seria, então, a principal causa da nossa ineficiência educacional? Arrisco-me, sem muito medo de erro, a apontar as três principais causas de nossa indigência educacional:
1 – FALTA DE MERITOCRACIA: sistema de promoção do aluno avesso a testes conclusivos;
2 – FALTA DE DISCIPLINA: a escola e o professor perderam a capacidade de determinar as condutas aceitáveis;
3 – FALTA DE PREPARAÇÃO DO DOCENTE: o docente raramente é avaliado, testado e estimulado a melhorar de suas capacitações.

Cada um desses fatores será objeto de um post futuro, onde detalharei como travam o desempenho da educação brasileira.